A PROPÓSITO DE ALEXANDER CALDER
FERNANDO RIOS
eu ouvi
o silêncio colorido
que alexander calder
plantou
em cada uma
de suas esculturas
esvoaçantes
e a poesia
sem pedir licença
cobriu
o tempo e o espaço
dentro e fora
de cada uma
das esculturas
esvoaçantes
e o silêncio
e a poesia
e cada uma
das esculturas
esvoaçantes
se juntaram
e dançaram
uma dança silenciosa
poética
esvoaçante
e no meio deles
no meio do silêncio
no meio da poesia
no meio da escultura
passeava
gentilmente
um
esvoaçante
calder
dançarino
SETEMBRO 2006 / JUNHO 2007